Peru: fluxo turístico em Paracas a aumentar em 15% até 2023

29-11-22

O presidente do Grupo Paracas, José Rosas Zarich, afirmou que ainda não é possível chamar-lhe uma reactivação total e completa do turismo em Paracas e arredores, mas é um facto que a própria actividade recuperou a sua clientela e o número de passageiros.

Contudo, disse que os números não são os mesmos que em 2019.

A este respeito, estimou que, no final de 2022, Paracas teria recebido cerca de 450.000 visitantes, tanto nacionais como estrangeiros.

Vale a pena recordar que no final de 2019, Paracas recebeu 850.000 turistas, que elogiaram a Reserva Nacional de Paracas e as Ilhas Ballestas, bem como a sua gastronomia marinha.

Segundo o executivo sénior, ele indicou que a instabilidade política é o primeiro e mais detestável inimigo do turismo.

"Mesmo assim, os inquéritos não auguram grandes melhorias, mas tenho esperança de que o turismo em Paracas aumente 15% até 2023", disse Rosas Zarich.

Voos com mais frequências diárias

Quando questionado sobre o reinício das operações da companhia aérea Latam nos voos Cusco - Pisco para meados do próximo ano, salientou que se vão colocar um voo três vezes por semana, como fizeram durante três meses, isso não ajudaria em nada.

"O turismo em Paracas requer voos com frequências diárias e reservas garantidas", afirmou.

O chefe do Grupo Paracas recordou que Latam simplesmente utilizou aquele voo de dois meses para colaborar com a concessionária Aeropuertos del Perú (ADP) e "na minha opinião, considerá-lo-ia um engano para todos nós".

"Na minha opinião, só teria apoiado a ADP para evitar as queixas que estávamos a fazer sobre a inoperabilidade do aeroporto. Muito se tem dito que os voos de Pisco foram suspensos por causa da pandemia e isso é uma mentira absoluta. Os voos foram completamente encerrados desde o ano passado", argumentou ele.

Dificuldade em cancelar a concessão

Sobre a possibilidade da concessão do aeroporto de Pisco ser cancelada, expressou as suas dúvidas porque a ADP é extremamente poderosa e é um facto que eles têm um monopólio quase nacional dos aeroportos.

"Vão defender a sua posição com tudo o que têm, o que lhes abriria um precedente muito negativo. Se Pisco e a região de Ica não se levantarem com medidas muito mais sérias a este respeito, tudo isto seria esquecido em menos de um mês", disse ele.

A este respeito, José Rosas Zarich pronunciou-se a agir e organizar protestos com marchas pacíficas exigindo a partida deste mau operador.

"Tem de haver uma consciência dos danos económicos e estratégicos que advêm do facto de não haver um verdadeiro aeroporto alternativo", disse ele.

Ligação de Paracas com Miraflores

Finalmente, Rosas Zarich referiu-se à possibilidade de ligar Paracas ao distrito de Miraflores para o turismo.

A este respeito, disse que Miraflores tem Carlos Canales Anchorena como Presidente da Câmara e com a sua vasta experiência na actividade turística.

Como vereador eleito para esse município, afirmou que Paracas é o primeiro e último destino dos turistas que vão por terra.

Neste sentido, disse que seria absolutamente lógico geminar Miraflores com Paracas, a fim de alcançar acordos intermunicipais que enriquecessem este intercâmbio turístico.

"Obviamente, como amante do Turismo e do meu Distrito de Miraflores e também de Paracas, onde residi parcialmente durante quase 20 anos, estarei mais do que disposto a colaborar no crescimento turístico de ambos os distritos importantes", concluiu.

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