Em 2022, o tráfego aéreo mundial continuou a recuperar em relação a 2019 e este desempenho do tráfego aéreo, combinado com a actividade comercial, contribuiu para reforçar as receitas, o EBITDA e o lucro ajustado da Amadeus em relação a 2021.

As receitas anuais atingiram 4.485,9 milhões de euros, uma melhoria de 68% em relação a 2021 e 19,5% abaixo do valor de 2019. O EBITDA ascendeu a 1.640,4 milhões de euros, 161,4% superior ao de 2021 e 26,5% inferior ao de 2019.

O lucro ajustado ascendeu a 742,2 milhões de euros, em comparação com uma perda de 44,7 milhões de euros em 2021, ou 58,8% dos níveis de 2019O lucro ajustado ascendeu a 742,2 milhões de euros, em comparação com uma perda de 44,7 milhões de euros em 2021, ou 58,8% dos níveis de 2019.

A geração de fluxo de caixa livre permitiu a diminuição do grau de alavancagem financeira. O fluxo de caixa livre foi de 805,0 milhões de euros, um aumento de 724% em 2021, ou 834,1 milhões de euros excluindo os custos de implementação.

A 31 de Dezembro de 2022, a dívida financeira líquida era de 2.284,5 milhões de euros (1,4 vezes o EBITDA dos últimos doze meses).

O lucro bruto de exploração (Ebitda) atingiu 1,64 mil milhões de euros, um aumento de 161,4% em relação a 2021, embora tenha diminuído 26,5% em relação a 2019

"O tráfego aéreo global continuou a recuperar, enquanto nós alcançávamos êxitos comerciais significativos, ganhando quota de mercado. Continuamos muito concentrados nos nossos planos de investimento, particularmente para apoiar as soluções dos nossos clientes e fazer progressos em áreas estratégicas chave", disse Luis Maroto, CEO da Amadeus.

"Estamos optimistas quanto ao futuro da indústria de viagens e às oportunidades que se apresentam para o Amadeus. Em 2023, à medida que os volumes recuperam, esperamos que os nossos resultados financeiros continuem a melhorar", acrescentou ele.

As reservas aéreas duplicam

Na distribuição aérea, as reservas aumentaram para 396,3 milhões, representando 92% acima de 2021 reservas ou 68,3% do valor de 2019.

As receitas da distribuição aérea ascenderam a 2.147,8 milhões de euros, uma melhoria de 102,3% em relação a 2021, ou 73% das receitas de 2019.

"Apesar do impacto negativo do maior peso das reservas locais em relação a 2019, as receitas de reservas aumentaram em 2022, graças a certos efeitos positivos nos preços e a um impacto cambial favorável", disse a empresa de tecnologia.

A região com melhor desempenho em 2022 foi a América do Norte, que cresceu 2,9% em comparação com 2019 e é já a maior região por reservas, representando 30,8% do total de reservas.

Enquanto nas soluções tecnológicas da indústria aérea, os passageiros embarcados totalizaram 1.539,5 milhões, 81,4% do valor de 2021 ou 77,2% do valor de 2019.

As receitas das soluções tecnológicas para a indústria aeronáutica totalizaram 1.565,4 milhões de euros, mais 46,4% do que em 2021, e representaram 86% do total alcançado em 2019. A região com melhor desempenho no ano foi a América do Norte, que registou um crescimento de 11,1% no volume de passageiros embarcados, em comparação com 2019.

As receitas dos hotéis e outras soluções atingiram 772,7 milhões de euros em 2022, mais 43,5% do que em 2021, ou 95,8% do que em 2019.

Retomar o pagamento de dividendos

Tal como anunciado durante a apresentação dos resultados financeiros do terceiro trimestre de 2022, a empresa retomará este ano a remuneração accionista.

Em Junho de 2023, o Conselho de Administração submeterá à aprovação da Assembleia Geral Anual um dividendo total de 0,74 euros por acção, representando 50% do lucro consolidado do período.

Por conseguinte, a proposta de apropriação dos resultados de 2022, tal como reflectida nas demonstrações financeiras consolidadas auditadas para o exercício de 2022, representa a distribuição de um dividendo total de 333,4 milhões de euros dos resultados do exercício de 2022.