O principal destino dos turistas da Rússia é a Isla Margarita, na Venezuela
08-07-23
A ilha de Margarita, nas Caraíbas venezuelanas, tornou-se um paraíso especial para os turistas russos. As boas relações diplomáticas entre a Rússia e a Venezuela permitiram aos turistas do antigo país soviético contornar as rigorosas restrições às viagens aéreas impostas pela comunidade internacional na sequência da invasão militar da Ucrânia.
O jornal latino-americano Globovisión refere que mais de 21 mil viajantes russos visitaram a Venezuela desde o início do ano. Este afluxo de turistas russos foi possível graças à operação de voo direto lançada pela companhia aérea charter russa Nordwind Airlines, que liga os aeroportos internacionais de Moscovo-Sheremetyevo e Santiago Mariño (Ilha Margarita). Este destino turístico venezuelano faz parte de um "plano estratégico" implementado pelo governo para impulsionar o turismo, de acordo com a vice-ministra do Turismo Internacional, Leticia Gómez.
Os russos foram recebidos no Aeroporto Internacional Santiago Mariño, no município de Díaz, no estado de Nueva Esparta, ao qual pertence Margarita, acrescentou Gómez na rede social, onde partilhou um vídeo da chegada dos turistas.
Margarita também recebeu milhares de turistas cubanos no ano passado, e espera-se que os viajantes polacos visitem a ilha nos próximos meses, graças a um acordo de cooperação assinado pela Venezuela e pela Polónia em janeiro, segundo o Ministério do Turismo.
Quase 5.000 cubanos foram às compras na ilha venezuelana de Margarita em 11 meses e, de acordo com as autoridades venezuelanas, cada cubano gasta em média US$ 5.000 em produtos que não podem ser encontrados no país.
O grupo faz parte da "operação charter" Cuba-Venezuela, que começou em março do ano passado e liga Havana à cidade venezuelana de Porlamar, na região insular de Nueva Esparta, à qual pertence Margarita, popularmente conhecida como a Pérola das Caraíbas.
O ministro venezuelano do Turismo, Alí Padrón, explicou em janeiro passado que a ilha é visitada principalmente por "pequenos empresários cubanos" que gastam uma média de 5.000 dólares por pessoa, apenas para comprar produtos que não conseguem obter em Cuba. O assunto chegou a ser mencionado na imprensa do país sul-americano.
Os cubanos encontraram na ilha de Margarita um mercado potencial para comprar géneros alimentícios, produtos de primeira necessidade e outros artigos com isenção de direitos aduaneiros, numa altura em que a crise de escassez é profunda.
A presidente da Câmara Neo-Espartana de Turismo, Viviana de Vethencourt, disse recentemente à agência EFE que é extremamente positivo o fato de os turistas internacionais estarem chegando, pois isso reativa e impulsiona a economia da região, além de fazer com que outros países voltem seus olhos para a Venezuela.
De Cuba, a agência Cubatur oferece um pacote de sete noites no hotel Venetur por até US$ 970 por viajante, enquanto uma semana de estadia em um quarto individual no luxuoso hotel Tibisay custa até US$ 1.523. O custo adicional por criança é de 650 dólares.
O diretor comercial da agência de turismo venezuelana GTN, Yunier Avila, previu que, só em janeiro, chegariam 500 cubanos entre os 25 e os 40 anos. "A maioria das pessoas que viajaram vem para fazer turismo de compras", disse ele em entrevista à agência de notícias NTA. Procuram "comida isenta de impostos", embora também comprem pequenos electrodomésticos, dependendo da capacidade de bagagem de porão oferecida pelo avião.
Da mesma forma, Isla Margarita recebeu em janeiro passado o primeiro navio de cruzeiro da Europa em 15 anos, o navio alemão Amadea, que chegou com quase 500 turistas da Europa, incluindo de Espanha, Alemanha e França, de acordo com o governo.
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