A aviação e os navios de cruzeiro no olho do furacão ambiental
22-06-23
Dentro de 20 anos, prevê-se que mais de 44.000 aviões de passageiros entrem nos céus, duplicando a atual frota mundial.
Estudos da Agência Europeia do Ambiente (AEA) mostram que os navios de cruzeiro e os aviões são os meios de transporte que mais emitem CO₂ por passageiro-quilómetro - a agência salienta que, embora o transporte marítimo por ferry seja muito eficiente, o transporte marítimo por cruzeiro é particularmente poluente -, mas as actuais dimensões das frotas a nível mundial são muito diferentes: 24 000 aviões contra 272 navios de cruzeiro.
No âmbito do Salão Internacional do Ar e do Espaço de Paris-Le Bourget 2023, que se realiza de 19 a 25 de junho, muitos gigantes do sector partilham as suas previsões sobre a dimensão da frota aeronáutica mundial num futuro próximo para satisfazer a procura global.
As estimativas de duas das vozes mais influentes do sector - a empresa irlandesa de locação de aeronaves Avolon e o fabricante americano Boeing - variam entre 44 300 e 48 600 aviões comerciais.
Estas quantidades duplicariam a frota atual no prazo de 20 anos, que se situa em cerca de 24 180 aviões de passageiros. Ambas as empresas concordam que a Ásia-Pacífico registará o maior crescimento, seguida da América Latina.
Da frota mundial prevista para 2042, a grande maioria será composta por aviões de fuselagem estreita, representando mais de 70% do total.
Entretanto, em 2022, 272 navios de cruzeiro com uma capacidade média de 2.126 passageiros navegarão pelos mares do mundo, de acordo com o relatório State of the Industry da Cruise Lines International Association (CLIA).
Até 2027, as companhias de navegação planeiam acolher até 75 novos navios, um aumento de cerca de 27% da frota atual. No entanto, este seria um aumento estimado, uma vez que muitos dos novos navios podem destinar-se a substituir os mais antigos em serviço.
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