Bolivianos, chilenos e paraguaios fazem "turismo de compras" nas fronteiras da Argentina devido à desvalorização de suas moedas

01-05-23

A Argentina está "barata" para bolivianos, paraguaios, chilenos e brasileiros que nos últimos dias têm "varrido" com compras nas fronteiras do país. De acordo com uma reportagem do jornal La Nación, publicada esta semana, à medida que o peso argentino perde valor e a diferença entre o dólar oficial e o dólar paralelo aumenta, as cidades fronteiriças estão recebendo uma presença maciça de supermercados, lojas de eletrodomésticos e postos de gasolina.

A nota revela que as lojas de cidades fronteiriças como Misiones, Formosa, Jujuy, Salta e Mendoza estão cheias de estrangeiros, muitos deles bolivianos. Os visitantes fazem "turismo de compras".

"Comparado com o guarani ou o real, o nosso peso não vale nada", disse Alejandro Haena, conselheiro e membro da Confederação Económica de Misiones, ao La Nación.

Ele diz que os visitantes "estão sempre com a calculadora" e, por exemplo, compram muitas bebidas alcoólicas que são "muito baratas".

"Todos eles aproveitam o facto de comprarem ao dólar oficial e poderem pagar com cartão de crédito", recorda Haena, lembrando que um par de sapatilhas "custa metade do preço de uma loja no estrangeiro".

Também combustíveis

A publicação indica que Misiones tem liderado o ranking de vendas de combustível por pessoa no país, basicamente impulsionado por estrangeiros. O presidente da Câmara de Estações de Serviço e Afins do Nordeste, Faruk Jalaf, explica que continuam a atravessar para carregar. A nafta não premium custa 40% menos que no Brasil e no Paraguai e 50% menos que no Uruguai.

"É vendida uma quantidade limitada, 20 litros. Mas eles vão e voltam. Temos um atraso no valor dos combustíveis, na actualização dos impostos e na taxa de câmbio; é claramente conveniente para eles abastecerem aqui".

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