Entrevista com Gustavo Santos
Diretor para as Américas da Organização Mundial do Turismo (UNWTO)
Dentro de alguns anos, o Chile será o líder mundial do astroturismo
Gustavo Santos
Diretor para as Américas da Organização Mundial do Turismo (UNWTO)
Dentro de alguns anos, o Chile será o líder mundial do astroturismo
Nesta entrevista exclusiva, Gustavo Santos, Diretor para as Américas da Organização Mundial do Turismo (OMT), analisa o desenvolvimento da região e do país em matéria de astronomia. Avalia também o impacto da Cimeira Mundial de Astroturismo Vicuña 2023, a realizar entre 6 e 9 de setembro, na qual será orador.
Surpreende-o que um pequeno município como Vicuña esteja a organizar um evento desta magnitude?
Não me surpreende por duas razões: em primeiro lugar, porque o Chile foi um dos países pioneiros no mundo no desenvolvimento do astroturismo e, em segundo lugar, porque o astroturismo acontece em cidades pequenas.
Qual é a importância de investir neste tipo de turismo?
O astroturismo é uma grande oportunidade para que as populações rurais entrem no circuito turístico mundial, e que isso se torne uma oportunidade de vida e de raízes para a sua população.
Além disso, é sustentável...
A Organização Mundial do Turismo diz-nos: "Ou é (turismo) sustentável ou não é". Somos nós que protegemos os recursos porque sabemos que são esses recursos que nos permitirão desenvolver a nossa atividade.
Neste sentido, o astroturismo é uma atividade que anda diretamente de mãos dadas com a sustentabilidade; é na sua própria essência a preservação do espaço dos céus para poder ser contemplado.
Qual é o lugar do astroturismo na América Latina?
Na minha opinião, a América Latina é o território promissor para o turismo do futuro, e isso está ancorado no facto de sermos uma das mais importantes fontes de sustentabilidade do planeta.
Assim como o Chile foi o precursor do astroturismo, há outros países que, em menor escala, estão a começar a desenvolvê-lo, como a Argentina, o Peru, a Bolívia, o Brasil, a Colômbia e o México.
Que impacto poderá ter a cimeira que se realizará entre 6 e 9 de setembro em Vicuña?
Penso que o impacto poderá ser muito importante, uma vez que a cimeira se baseia num posicionamento muito forte do país, mas ao mesmo tempo está a ser reactivada e tornada visível.
É importante que isto tenha continuidade e que seja uma reflexão permanente para Vicuña e para todo o Chile como líder regional nesta atividade turística.
O que pensa da lista de expositores do evento?
Penso que é relevante e do mais alto nível, e a Organização Mundial do Turismo (OMT) também a valorizou como tal. Pela nossa parte, contaremos com a presença da especialista em competitividade e produtos turísticos, Sandra Carvao.
Não tenho dúvidas de que, dentro de alguns anos, o Chile se tornará definitivamente o líder mundial do astroturismo, o que é muito importante para a nossa região. Estes eventos ajudam a posicionar os destinos e é por isso que estamos a dar-lhes um interesse prioritário por parte da OMT.
As ideias e opiniões expressas neste documento não reflectem necessariamente a posição oficial do Think Tank Turismo e Sociedade e não comprometem de modo algum a Organização, e não devem ser atribuídas ao TSTT ou aos seus membros.
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