MGET. Adriana Fabiola Cantú Moya
O que é Turismo Cultural?
MGET. Adriana Fabiola Cantú Moya
¿Qué es el Turismo Cultural?
Sem cultura, o turismo não pode ser explicado. Esta breve mas poderosa afirmação reafirma a razão pela qual o turismo cultural é, desde o início da história do sector, a segunda razão mais importante para motivar e ser a principal razão para fazer uma viagem. O comércio foi a primeira causa de "deslocação para outras regiões, ou mesmo de descoberta de novos mundos", uma das classificações mais antigas e a mais praticada entre os turistas.
A Organização Mundial do Turismo (OMT) define o turismo cultural como um movimento de pessoas essencialmente por motivos culturais, tais como visitas de estudo, espectáculos artísticos, festivais ou outros eventos culturais, visitas a sítios e monumentos, folclore, arte ou peregrinação.
Por seu lado, o Ministério do Turismo mexicano (SECTUR) define o turismo cultural como aquela viagem turística cujas motivações são conhecer, compreender e desfrutar do conjunto de traços e elementos distintivos, espirituais e materiais, intelectuais e afectivos, que caracterizam uma sociedade ou grupo social de um destino turístico específico.
A principal vantagem para usufruir deste tipo de turismo é a qualidade da sua intemporalidade.
Razões para o turismo cultural
Atualmente, são ainda várias as razões que fizeram aumentar a procura do turismo cultural no mundo, destacando-se a Europa como ponto de partida.
Aumento dos níveis de educação a nível mundial, levando a um aumento geral do interesse pela cultura.
O envelhecimento da população (principalmente na Europa e na América do Norte), que gera uma maior procura de produtos e experiências culturais.
Novos fluxos turísticos provenientes de mercados emergentes (como a China, a Rússia ou a Índia) que pretendem conhecer os principais recursos culturais dos destinos que visitam.
Desenvolvimento das indústrias culturais e aumento da oferta de actividades e recursos culturais.
Projectos de regeneração urbana que converteram edifícios antigos (anteriormente não utilizados para o turismo) em centros e espaços culturais.
O aparecimento da Internet facilitou o consumo do turismo cultural.
O aumento da promoção por parte das grandes instituições culturais, que antes viam o seu papel limitado apenas à conservação do património e que agora consideram a divulgação e a exploração turística como uma das suas principais obrigações.
Por outro lado, na última década, a oferta de equipamentos culturais duplicou na Europa e nos Estados Unidos.
Como é o turista cultural?
O turista que procura alternativas diferentes para escolher o seu destino com base na oferta de turismo cultural, faz parte de uma clientela naturalmente curiosa, ávida de conhecimento, procurando compreender o fundo dos elementos mostrados, para se maravilhar com tudo e para se surpreender com cada detalhe, e é precisamente neste turismo que procura sinais de identidade e exalta o autóctone, imerso num sentimento nostálgico, por isso a questão é: Como tornar exótico o familiar?
A tendência que o turismo cultural está a marcar é global, e não é nada de novo, é simplesmente revitalizar os espaços culturais clássicos e tradicionais ou resgatar espaços ignorados ou subestimados como recursos turísticos: em ambas as situações, o objetivo é cativar, entreter e fascinar através de experiências que se ligam ao viajante no cenário de um destino experiencial que o deixará com uma experiência memorável, pois terá participado na cultura desse destino, o que lhe permitirá provar que esteve lá.
Como criar um destino cultural?
O ponto de partida baseia-se na observação. Observe atentamente a localidade, analise em pormenor os recursos existentes e deixe a sua criatividade fluir para conceber um novo produto turístico a acrescentar à oferta do destino.
Não é necessário pensar em grandes investimentos para o desenvolver; por um lado, a proposta pode derivar de dar uma "sacudidela" com uma atividade ao que está a ser apresentado no museu da cidade, na paróquia, na zona arqueológica, independentemente da sua dimensão - o que conta é o vestígio de uma civilização -, no observatório, na praça principal, no miradouro, numa casa antiga, no centro de uma exhacienda, na doçaria típica, etc.., o objetivo é envolver o turista na cultura local e criar experiências sensoriais inesquecíveis.
E, no reverso da medalha, consiste também em dar vida a esses espaços ou objectos ignorados ou subestimados como recursos turísticos, dando-lhes uma história, iluminando-os com o misticismo de uma lenda, banhando-os com a luz do romantismo de um amor impossível ou de um amor que triunfou, colocando-os mesmo numa parte da história do México ou de algum acontecimento relevante para a comunidade, possibilidades existem e muitas, é mesmo viável utilizar alguns acontecimentos desagradáveis ou desfavoráveis da cidade, mas que graças à "curiosidade" do turista, serão vendidos.
Fazer isto não é impossível, basta vasculhar os arquivos da cidade ou "criar" o que na realidade não existiu, e não é mentir, nem gozar com o turista - é preciso lembrar que nenhum turista anda com um livro de história para verificar se é verdade ou não - é simplesmente criar um novo produto turístico, porque no final o que importa é que a economia local circule, que o turista fique mais uma noite, que desfrute dos sabores da gastronomia em diferentes momentos, que leve o tradicional souvenir, e que em cada foto mostre a cidade que visitou, a cidade em que viveu experiências e da qual saiu muito feliz.
Bibliografia
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[5] Sánchez, Carlos (2017). Os 5 passos do turismo de experiência. LID Empresa Editorial.
Autora: MGET. Adriana Fabiola Cantú Moya. Entorno Turístico
As ideias e opiniões expressas neste documento não reflectem necessariamente a posição oficial do Think Tank Turismo e Sociedade e não comprometem de modo algum a Organização, e não devem ser atribuídas ao TSTT ou aos seus membros.
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